Maior parte da PPP da CORSAN deve ser investida nos primeiros 5 anos

2019-12-10 10/12/2019

Cerca de 50% de R$ 1,6 bilhão para melhoria no sistema de esgoto vai ocorrer no início da parceria

Ainda falta homologar a licitação e mais alguns trâmites burocráticos. Mas, em não havendo contestações e o contrato da Parceria Público-Privada da Corsan for assinado dentro do previsto, as primeiras melhorias no saneamento básico das nove cidades contempladas devem começar a ser percebidas nos anos iniciais do vínculo. A PPP tem prazo de 35 anos de trabalho.

A projeção é do vice-presidente de Relações Institucionais do consórcio Aegea, Rogério Tavares. De acordo com ele, cerca de 50% dos cerca de R$ 1,6 bilhão previstos para a melhoria no sistema de esgoto serão liberados ao longo dos primeiros cinco anos. “Isso é usual, para corresponder e superar as expectativas da população”, comentou.

A PPP irá aumentar dos atuais 14% de cobertura de esgoto para 87,3% nos municípios de Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Esteio, Eldorado do Sul, Gravataí, Guaíba, Sapucaia do Sul e Viamão. A medida também irá ajudar a despoluir os rios da região, como o Sinos, o Gravataí e o Guaíba. “Nós iremos resolver os problemas de poluição decorrente dos efluentes lançados nesses nove municípios”, explicou, salientando que poderá haver problemas pontuais.

Em entrevista ainda na capital paulista, onde ocorreu o leilão, o governador Eduardo Leite projetou um ganho de agilidade no tratamento e defendeu o modelo de PPP: “Há um ganho de eficiência, de agilidade. Ao invés de o Estado ter de licitar obra por obra, estação de tratamento por estação, o Estado, em uma licitação, está viabilizando os investimentos necessários para nove municípios na região Metropolitana.”

O investimento total de R$ 2,23 bilhões, divididos em obras em execução pela Corsan – que deve investir R$ 370 milhões – e o consórcio, que deverá aportar R$ 1,63 bilhão para expansão do sistema de esgoto e R$ 230 milhões para ações comerciais e operacionais.

A Aegea atua em 49 municípios de 11 estados brasileiros e passará a atuar no Rio Grande do Sul com a PPP. A parceria não deve acarretar mudanças na conta de água. “As tarifas continuarão sendo cobradas pela Corsan nos mesmos níveis que elas estão sendo cobradas hoje”, garantiu Tavares.

Fonte: Correio do Povo

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